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Seguradora de vida recebe primeiros pedidos de indenização por Covid-19

30.03.2020 - Fonte: Sonho Seguro

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Prudential do Brasil recebeu nesta semana os primeiros pedidos de indenização de vítimas fatais da pandemia que fez 114 mortos no Brasil até dia 27.

A Prudential do Brasil, a maior seguradora independente de vida do país, recebeu nesta semana os primeiros pedidos de indenização por morte de clientes por coronavírus, que já fez mais de 20 mil vitimas fatais no mundo e 114 no Brasil até o último dia 27. Os casos confirmados do coronavírus ultrapassam 465 mil no mundo e no Brasil já superam 4 mil.

Apesar de ter clausula de exclusão para pandemias e endemias, a seguradora fez analises técnicas e solicitou a matriz nos Estados Unidos que autorizasse o pagamento dos beneficios. “Tínhamos exclusão em todas as coberturas de vida individual e vida em grupo. Fizemos um super estudo técnico e aprovamos na matriz nos EUA “, contou Aura Rebelo, vice-presidente de marketing & digital da Prudential Brasil, ao blog Sonho Seguro. A Prudential é uma das principais parceiras de vida da plataforma digital do Itaú.

No ano passado, mais de 89% das indenizações pagas pela empresa foram para casos de sinistros em vida. Entre os principais tipos de coberturas acionadas estão Renda Hospitalar e Doenças Graves, que juntos somaram 87% do total de benefícios concedidos. As principais causas para pedido de indenização do seguro de vida foram por diagnósticos de câncer e infarto, respectivamente, somando 30,9% dos casos. Em relação às faixas etárias que mais comunicaram pedidos de pagamento do capital segurado, a variação foi de 29 a 43 anos englobando ambos os sexos.

Concorrentes – De uma forma geral, as seguradoras de vida informaram que vão pagar as indenizações solicitadas por consequência da pademia Covid-19. MAG Seguros, MetLife, Generali, Sura, Previsul, Caixa e Youse divulgaram nota afirmando que as indenizações serão pagas mesmo se o contrato considerar pandemia como exclusão. Na Icatu não há risco excluído para epidemia para as coberturas de seguros de pessoas decorrentes de morte natural, invalidez funcional por doença, doenças graves e adiantamento por doença terminal.

Em 2019, o seguro de vida movimentou R$ 43,1 bilhões, um crescimento de 14% em relação a 2018. O volume de indenizações pagas nao chegou a R$ 10 bilhões. Neste ano, no entanto, a previsão é de alta significativa. Tanto por mortes como também por inadimplência no crédito em bancos, operação que geralmente conta com um seguro prestamista que é acionado em caso de não pagamento da dívida. Esse seguro tem um peso considerável nas seguradoras ligadas a bancos, que sao as maiores do ranking do setor. 

Análise divulgada pela Fitch na semana passada mostrou que no curto prazo, a deterioração dos mercados acionários e o declínio nas taxas de juros pressionarão os lucros, reservas e capital das seguradoras, enquanto também se espera que os ganhos das seguradoras de vida e saúde sejam pressionados pelo efeito direto dos custos elevados de sinistros relacionados ao tratamento de pacientes infectados ou cobertura de benefícios sob políticas de vida, respectivamente.

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