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Armando Luis Francisco Freire

12.09.2016 - Fonte: Seguro Gaúcho | Sueli dos Santos

Trabalhar incansavelmente poderia ser a palavra que define o paulistano Armando Luis Francisco Freire, que, em 1996, trocou a agitada Capital paulista pelo charme e o estilo de vida em Caxias do Sul, para desenvolver a carreira e criar a família. "Naquela época, 21 anos atrás, nossa família decidiu pela mudança para termos mais qualidade de vida e terminar a formação de minha esposa, que estava perto de concluir o bacharelado em Economia", recorda. Hoje, aos 54 anos, casado há 26 anos com Odete Rossi Freire, é pai de dois filhos. Ele tem certeza que fez a melhor escolha. Praticante de Aikidô, que começou há pouco tempo, Armando gosta de assistir televisão e passear pelo nordeste brasileiro. Corretor há 20 anos, quando chegou a Caxias precisava trabalhar, mas ele acha que a decisão de ser corretor de seguros começou antes. "Antes de vir pra Caxias do Sul, trabalhava como gestor de uma empresa média e tive um insight sobre garantias de seguros. Essa companhia fazia os seguros dos veículos da empresa, sócios e funcionários. Entretanto, naquela época, não acreditava que deveria fazer o seguro empresarial. Foi aí que convenci a diretoria que não havia o porquê de deixar descoberto o bem em si", relembra. Meses depois ele entendeu a importância da contratação de um seguro. Em uma madrugada, a empresa foi roubada. "Enquanto todos estavam tristes com o fato, dei um pulo para o alto com as mãos levantadas. Ninguém entendeu a minha vibração até explicar que a apólice também contemplava o roubo de bens", conta. E assim o seguro foi conquistando Freire. Ao mudar para Caxias do Sul, ele decidiu que seria um corretor de seguros. Ávido por leitura, ele decidiu, em um primeiro momento, arriscar e estudar sozinho. Depois de ter sido aprovado no teste apenas em duas específicas, decidiu fazer o curso da Funenseg presencial em São Paulo. "Eu recomendo que uma pessoa que deseje ser corretor não arrisque sozinho, melhor fazer o curso. Foram alguns meses muito bem aproveitados e com professores de altíssimo gabarito", diz. Religioso, ele lembra que na época das provas para formação de corretor ele teve um problema com a data da prova. Freire é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e a  prova de Vida cairia na sexta-feira entre o final do dia até às 21 horas. Judeus, adventistas e outras religiões, guardam o sábado começando no pôr do sol da sexta-feira. "Neste dilema, apesar de a prova ter cerca de 3 ou 4 horas, percebi que havia uma lacuna de 40 minutos antes de começar o sábado bíblico. Assim, fiz a última prova, com as 50 respostas para passar no cartão em 30 minutos. E passei", recorda. Já habituado e inserido na rotina de Caxias do Sul, Freire recorda que o começo ele estranhava o fato das pessoas irem pra casa ao meio dia e voltar à tarde. Bem diferente de São Paulo. "Hoje entendo que isso significou qualidade de vida", diz. Novo na cidade, em uma região típica italiana e desconfiadíssima de novos residentes, ele não achou que fosse fácil. Como não acredita que clientes caiam do céu, Freire sabia que para desenvolver um bom trabalho e ter uma boa carteira dependia dele. "Decidi  desbravar o seguro residencial de porta em porta. Sistematicamente, de manhã à noite, era minha rotina. Hoje, ainda, desfruto do trabalho daquela época, acrescentando muito trabalho diário na obtenção de novos clientes e outras carteiras". Para ele, o corretor precisa ampliar os horizontes. "Observe-se a luta desenfreada pelo auto e o campo aberto nas outras áreas. Talvez, uma de nossas maiores dificuldades seja o próprio comodismo e a falta de personalidade profissional. A corretagem é um sacerdócio. Ela é feita de sacrifícios", diz ele. Sócio da Porto Serra Corretora de Seguros, Freire trabalha principalmente com os ramos residencial, empresarial e automóvel. Ciente de que não é possível parar, ele diz que sempre procura de cursos de capacitação e investir na leitura. O atual cenário não preocupa Freire que acredita no trabalho. Ele diz que nunca esteve tão bom como agora. "Eu pergunto: Se o País estiver bem e você estiver mal, estará bom? É certo que todos nós queremos que a nação esteja por cima, no alto, mas é importante observar seu próprio núcleo", diz. Depois de tanto tempo então já está inserido no mercado gaúcho? "Não sei. Quando falo com minhas irmãs paulistanas, desconhecem o meu sotaque atual. Posso afirmar que os corretores gaúchos são sensacionais. A terra e a pátria são valorizadas. A família é um elo importantíssimo e as tradições mais exemplares são destacadas. A alma gaúcha é nobre. E a educação é um fato que me faz amar esta terra", finaliza.

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