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Atento aos desdobramentos da tragédia no RS, Seguro Gaúcho presencia a calamidade no Menino Deus

10.05.2024 - Fonte: Seguro Gaúcho

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A intensidade das chuvas provocou a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul. Chuvas e inundações causaram estragos que impactaram de alguma forma a vida de mais de um milhão de gaúchos. Em 2024 os índices pluviométricos superaram aqueles registradas em 1941, em Porto Alegre (RS).

Os bairros Cidade Baixa e Menino Deus estiveram entre os mais atingidos pela água na Capital. Na tarde de segunda-feira (07/05) foi grande a correria e o deslocamento de pessoas quando o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, recomendou que os moradores dessas localidades deixassem a região devido ao avanço contínuo no nível das águas. Os mercados venderam toda água que dispunham e quase todos seus estoques de produtos do gênero alimentício.

Após o comunicado de Melo, diversos moradores arrumaram rapidamente suas malas e viajaram para o litoral. Ainda durante a tarde, equipes de resgate e voluntários trabalharam com intensidade no auxílio aos moradores impedidos pela água de deixar suas residências. Alguns idosos mostraram certa resistência em abandonar suas moradias. Foi possível perceber no semblante da população expressões de incredulidade, ansiedade e incerteza.

Na manhã de terça-feira (07/5) ainda foi possível ver pequenos barcos, botes salva-vidas e jet-skis percorrendo as ruas inundadas para resgatarem moradores que não tinham saído de suas residências. Com o alagamento de boa parte do local, houve pouco trânsito de carros e pessoas. Mesmo nas ruas e avenidas que não foram atingidas pela água, grande parte do comércio estava fechado. Mesmo que lentamente, a água foi subindo de forma gradual. No cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Venâncio Aires o nível atingiu 1m50cm às 19 horas.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde de terça-feira, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e o diretor do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DMAE), Maurício Loss, informaram que não sabiam precisar a dimensão do estrago de cada bomba hidráulica. Das seis estações de tratamento de água que a capital tem a disposição, apenas duas estavam em funcionamento naquele momento.

Na quarta-feira o alagamento aumentou e em algumas ruas do Menino Deus, como a Gonçalves Dias, era possível notar o avanço das águas. No início da tarde a chuva e o vento causaram ainda mais temor nos moradores dos dois bairros.

Na quinta-feira o dia amanheceu sem nuvens e permaneceu ensolarado no turno da tarde. O nível de água começou a reduzir. Ainda foram realizadas operações de resgate no Menino Deus e um dos locais foi na Praca Garibaldi.

Até a noite de quinta-feira (09/05) a tragédia já registrou em todo o Rio Grande do Sul 107 mortes e 134 desaparecidos. Cerca de 395 mil pessoas estão fora de casa, sendo que 68519 pessoas estão em abrigo e 327105 encontram-se desalojadas. As chuvas afetaram 1.4 milhão de moradores em todo o Rio Grande do Sul.

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Todas as fotos que ilustram a matéria foram realizadas pelo Seguro Gaúcho, que na medida do possível vem retratando a realidade da catástrofe que assola a região.

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