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Presidente da Fenacor fala de novidades para os corretores de seguros

28.08.2020 - Fonte: Seguro Gaucho

Fenacor

O CQCS promoveu em seu canal no Youtube mais uma edição do programa Mesa Redonda do Seguro na tarde de quarta-feira, 26 de agosto. Desta vez, o convidado foi o presidente da Fenacor Armando Vergilio. Na pauta do evento os serviços e benefícios oferecidos para os corretores de seguros associados aos Sincors. A live teve a mediação do fundador do CQCS, Gustavo Dória Filho.

O convidado foi entrevistado por Paulo Kato, da Revista Cobertura; Carla Boaventura, do CQCS; Thaís Ruco, da Ruco Comunicação; Karem Soares, do Portal Panorama Seguro; Boris Ber, do Programa Seguro; e Carlos Pacheco, da Revista Insurance Corp.

O primeiro questionamento do programa foi feito por Paulo Kato, que solicitou a Vergílio uma avaliação a respeito do governo Bolsonaro nos assuntos ligados ao Ministério da Fazenda e especificamente a atuação da Susep em relação aos corretores de seguro. “Do ponto de vista macro a atuação da pasta é uma decepção, pois mesmo antes da pandemia as promessas feitas na campanha eleitoral não estavam sendo cumpridas. Sem falar que existe muita contenda das diversas pastas que compõem o Ministério com a Presidência da República. Já em relação a Susep, temos observado que a atual presidente da entidade apresenta um discurso que é o oposto de suas ações, como no caso da tentativa de extinção da profissão de corretor de seguros. Nesse caso a proposta acabou caindo no Congresso. Para desestabilizar a categoria ela publicou medidas infralegais, agindo com o objetivo de abalar o atual modelo de distribuição de seguros no Brasil.

Promoveu o recadastramento e ainda tentou demonizar a imagem do corretor na imprensa, dizendo que o profissional recebe comissão de 59%” salientou Vergílio. O presidente da Fenacor questiona por qual motivo a executiva da Susep age desta maneira. “Nós sabemos que os corretores representam atualmente 87% de todos os seguros que são distribuídos no país e que eles são assessores e consultores qualificados de seus clientes. Por que motivo ela quer destruir esse modelo de forma tão veemente?”, interrogou Vergílio.

Ao responder a pergunta da jornalista Karem Soares sobre quais serão as expectativas para o mercado segurador no período pós-pandemia, Vergilio mostrou-se bastante otimista. “Alguns segmentos de seguros têm excelente possibilidade de crescimento quando acontecer a retomada. Apesar de a pandemia ter provocado queda da receita devido ao desemprego e a retração econômica, ela também despertou na sociedade a consciência da importância do seguro”, observou. Vergílio acrescentou também que esse cenário abre ótimas perspectivas para todos os ramos do setor, inclusive os seguros de ramos elementares, fiança e garantia.

Thaís Ruco solicitou que o entrevistado explanasse mais sobre o novo modelo adotado pela Fenacor e os sindicatos, que passaram a oferecer vários benefícios direcionados aos corretores. Vergílio respondeu que as entidades estão reinventando a representação institucional, que antes era pautada quase que exclusivamente na defesa dos direitos econômicos.

“Estamos agregando mais valor aos nossos representados, além da interlocução política. Temos que nos tornar provedores de soluções para a categoria. E para isso, criamos no âmbito da Fenacor e dos sindicatos, a central de gestão de serviços e produtos, que começou a mapear os principais problemas dos corretores e a buscar serviços e produtos customizados para atender essa demanda. Construímos um modelo seguro, o Vida Corretor, que fosse economicamente viável para quem vende proteção. Também disponibilizamos o RC Corretor e posteriormente o Clube de Vantagens”, argumentou.

O entrevistado falou a respeito de certificação digital, inclusive da possibilidade de venda desse tipo de certificado para os clientes. Ele também anunciou que a Federação e os Sincors, desenvolverão uma série de novas ações destinadas aos profissionais que comercializam seguros, para que eles possam diversificar seus negócios. “O curso de agente autônomo de investimento permitirá ao corretor ampliar o seu leque de clientes e oferecer novas opções aos seus segurados”, argumentou Vergílio.

O presidente da Fenacor também respondeu a questionamentos que abrangeram outros temas importantes do mercado segurador. Para a jornalista Carla do CQCS, Vergílio falou de aspectos que envolvem a atividade do corretor de seguros frente à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Com Boris Bier ele dialogou a respeito do IRB, focando o desmando e a falta de governança que estão sendo prejudiciais para a entidade. Já com Carlos Pacheco, o assunto abordado foi relativo às estratégias existentes para blindar o corretor de seguros diante da atual conjuntura.

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