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A Comunicação Não Violenta e o (re)estabelecimento da empatia

25.08.2021 - Fonte: José Pedro Vianna Zereu

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José Pedro Vianna, administrador da Agrifoglio Vianna, fala sobre a importância da empatia no trabalho de todo gestor.

A Comunicação Não Violenta (CNV) busca desenvolver habilidades de linguagem que facilitem um contato mais profundo entre as pessoas. Desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, tem como principal influência a Abordagem Centrada na Pessoa, de Carl Rogers.

No contexto interdisciplinar da construção de uma Cultura de Paz, que valoriza o diálogo e a cooperação, a CNV se propõe a criar condições para o (re)estabelecimento da empatia, capacidade humana de conectar-se com o momento afetivo do outro. A empatia é precondição para a tolerância e o respeito à diversidade, e fator importante no processo de empoderamento pessoal.

Exercitar a empatia pode trazer diversos benefícios para os relacionamentos, como diminuição da defensividade e da reatividade. Isso ocorre quando começamos a abrir mão daquele “querer ter razão”, quando passamos a valorizar mais o que nos aproxima do que o que nos distancia da outra pessoa, quando nos damos conta de que no fundo machucá-la é machucar a nós mesmos.

Se queremos verdadeiramente manter relacionamentos mais saudáveis, então, é preciso olhar para a comunicação. Nas palavras de Rosenberg, trata-se de “um lembrete permanente para mantermos nossa atenção concentrada lá onde é mais provável acharmos o que procuramos”. E o que procuramos, quando olhamos mais de perto, com vontade e deixando o egoísmo de lado, é parecido com o que o outro procura, porque compartilhamos da mesma humanidade.

É fácil confundir não violência com passividade, mas é justamente o contrário. É praticar persistência, escuta ativa e ações conectadas com necessidades universalmente compartilhadas. É ter a coragem de investigar a fundo suas próprias emoções, desejos, anseios, medos, com a intenção de integrá-los e assumi-los. É traduzir essa realidade interna em posicionamento frente a si e ao mundo.

Portanto, ao meu ver, a empatia é uma habilidade que todo gestor (seja de uma empresa, seja de uma família, ou mesmo das nossas próprias emoções) deve desenvolver para superar os desafios de forma harmônica e alinhada tanto com os parceiros envolvidos quanto com o ambiente afetado.

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