>

CEO da AXA no Brasil destaca que a percepção do risco do ponto de vista do consumidor se acelerou

19.07.2021 - Fonte: CQCS

Erika-Medici-02

Usar a tecnologia como facilitador. Esse é o princípio defendido por Érika Médici, CEO da AXA no Brasil, durante participação no quarto encontro do ciclo “Inovação no Setor de Seguros – Experiência de Mercado”. O evento que integra as ações comemorativas pelo aniversário de 50 anos da Escola de Negócios e Seguros e conta com parceria da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP).

O gerente regional São Paulo, Centro-Oeste e Norte da ENS, Ronny Martins, conduziu a conversa com a CEO da AXA no Brasil, Erika Medici e o corretor da Bonae Res Corretora, Gabriel Fernando Barbosa.

Na abertura, a diretora de Ensino Técnico da ENS, Maria Helena Monteiro, ressaltou que o objetivo do circuito é falar das experiências práticas de inovação. “Os encontros entre CEOs de seguradoras e corretores levantam debates e assuntos que estão realmente importando, neste momento, no nosso país, com essa disrupção que temos sofrido com a pandemia”, afirmou.

Para Erika Medici, a grande mudança foi que a percepção do risco do ponto de vista do consumidor se acelerou, principalmente depois da pandemia. “É a mudança de olhar o seguro como uma forma de prevenir e isso tem muita relevância porque o mercado de seguros tem um papel fundamental nestes tempos de incerteza”, destacou.

Ela ressaltou que a pandemia trouxe mudanças de assuntos que se discutiam há muito tempo, como a telemedicina. “Era algo que se discutia e mudou a regulamentação de forma veloz. Gosto de ver o comportamento do consumidor e isso impacta o mercado de seguros”, reforçou.

Para ela, o momento atual tem uma inserção cada vez maior da tecnologia que são baseadas, também, na experiência do consumidor. “O consumidor que pede comida em um aplicativo é o mesmo consumidor que vai comprar seguro. A tecnologia massificou uma experiência que antes estava segmentada”, disse.

A CEO da AXA acredita que a tecnologia é um caminho sem volta e a discussão deve ser sobre como fazer a tecnologia ter um valor agregado tanto para o cliente quanto para o corretor de seguros. “É preciso pensar como separamos a tecnologia como meio e como serviço. Quando eu vejo um corretor especializado em um risco maior, com um processo mais complexo de subscrição, o quanto a parte de dados pode ajudar a ter soluções mais estruturadas e inteligentes e aderentes ao consumidor?”, questionou.

Gabriel Barbosa ponderou que um dos desafios da indústria de seguros é justamente a cultura de risco. Ele explicou que trabalha com riscos corporativos e possui expertise em oferecer inovação baseada em soluções adequadas e desenhadas ao perfil do cliente.

Na opinião do corretor, ao tomar a decisão baseada na necessidade do cliente as chances de ser assertivo e colher resultado são muito maiores. “Ao percebermos que as principais iniciativas citadas de inovação no mercado hoje passam por uma regulação de sinistro mais rápida ou pela facilitação do processo de inspeção, isso mostra um alinhamento nas condutas entre o corretor e o segurado que vai ter sua demanda atendida”, disse.

É isso que temos visto, processos mais ágeis, o que faz com que entreguemos valor e tenhamos um retorno e uma avaliação melhor, especialmente diante das relações tecnológicas”. Para ele, o mercado de seguros não pode ficar para trás em tudo que diz respeito ao consumidor.

Para a executiva, o corretor tem que ter tempo, disponibilidade e capacidade técnica para discutir os negócios. “Eu como seguradora vou ajudar. A tecnologia é um meio para facilitar todos os processos que o corretor tem que ter com a seguradora e com os clientes. Nunca vamos trocar uma tecnologia por um corretor”, enfatizou.

Na visão da CEO da AXA, o corretor está pronto para criar uma solução adequada à necessidade do cliente e, para isso, não tem ferramenta ou máquina que substitua o profissional. “O corretor precisa estar disponível para fazer negócios”, disse.

Confira a live completa.

Notícias Relacionadas