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CVG RS destaca a trajetória de três mulheres de sucesso no mercado segurador

19.03.2021 - Fonte: Seguro Gaúcho

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O Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul (CVG RS) realizou na noite de quarta-feira (17) a segunda edição do evento Sem Fronteiras - Especial Mulheres. O encontro reuniu, de forma virtual, três expoentes do mercado segurador: Regina Lacerda, Nívea Maria e Jane Lucas. Tendo acumulado grande bagagem em suas trajetórias profissionais, as convidadas compartilharam suas vivências e experiências no segmento. A mediação do encontro foi da presidente do CVG RS, Andréia Araújo.

A primeira convidada a falar foi a CEO da Rainha Seguros, Regina Lacerda. Com 31 anos de atuação no ramo ela abordou a temática “O Mercado abre as portas para a feminilidade". Regina relembrou que após dez anos de trabalho em uma função pública no judiciário, ela conheceu o ramo de seguros e apaixonou-se pela nova atividade e decidiu licenciar-se do serviço público, inicialmente por dois anos. “Depois retornei ao judiciário, mas voltei a me licenciar e posteriormente solicitei minha exoneração. Na época era mais difícil arriscar, pois não se falava em empreendedorismo e nem as startups. Muita gente achou estranha minha escolha. Entretanto, eu fui muito corajosa e tinha convicção de meu êxito”.

Do alto de sua experiência, Regina deu conselho às mulheres que estão começando ou que já estão no ramo: “o mercado de seguros é fantástico e encantador. Nós precisamos ter coragem”. Ela também compartilhou experiências com a criação do Clube das Executivas de Seguros de Brasília (CESB), que fortalece a atuação de mais de 160 mulheres que atuam em seguradoras, corretoras e assessorias da região.

Autora do livro "Mulheres no Seguro", Regina tem escutado vários depoimentos de executivas de todo o Brasil e considera que suas histórias e desafios constituem-se em um incentivo para ela. Em sua avaliação as mulheres têm a tarefa de deixar o feminino aflorar para mudar concepções, gerar acolhimentos e criar um mundo mais igual, construído por mulheres de valor.

"Mulheres no Mercado de Trabalho" constituiu-se no tema abordado pela corretora de seguros e promotora de crédito, Nívia Maria. Residindo em Brasília, Nívia relatou que sua jornada profissional construída ao longo dos anos foi marcada por muito preconceito por ela ser mulher e nordestina. “Quando cheguei à Capital Federal fui trabalhar com crédito consignado, numa época em que não existiam mulheres nesse setor. Sofri preconceitos de desigualdade salarial, assédio sexual e o descrédito dos homens. Tive que ser forte e me impor”.

Entretanto, esses episódios acabaram por fortalecer sua trajetória de vida: “os ensinamentos de minha mãe sobre força, trabalho e autoconfiança me ajudaram significativamente”. Nívia informou que começou a trabalhar com vendas aos 11 anos de idade para auxiliar a mãe que era representante comercial da Avon: “mulher batalhadora, ela foi meu grande exemplo. Com ela aprendi tudo sobre vendas, inclusive sobre marketing”.

Nívia disse que sempre tem vários projetos e metas a realizar. Ela assegura que vem percebendo que cada vez mais mulheres estão conquistando cargos de confiança em diferentes segmentos: “tenho muito orgulho de ser mulher e de ser empreendedora”.

Ex-gestora de Seguradora, corretora de seguros, escritora e terapeuta de rua, Jane Lucas destacou em sua participação o olhar da invisibilidade ao povo da rua. Tendo já escrito oito livros, sendo três solo, Jane ocupa hoje a cadeira de número 102 da Academia de Literatura Brasileira da seccional Rio Grande do Sul.

Jane afirmou que possui predileção por uma escrita ácida: “descobri que eu gostava do coletivo e talvez por isso minha paixão pelo seguro, pois ele olha o social, o coletivo”. Ela é criadora da Terapia de Rua, que consiste em uma modalidade de aplicação de terapias realizadas em calçadas e ruas. Seu primeiro livro, “O grito do silêncio dos esquecidos”, é uma homenagem ao povo que circula na rua: “a essas pessoas que são invisíveis e aí se encontram conosco, com as mulheres, na invisibilidade da sociedade. Esse é um peso gigantesco. O peso de nos desintegrarmos para não incomodar o outro". Jane considera que em qualquer país ser mulher é difícil tanto quanto fazer parte do povo da rua: “nós mulheres temos o peso da sobrecarga, pois temos o regime de escravidão mais antigo que se perpetua pela Terra, como no caso da dona de casa que trabalha diariamente por 16 horas sem remuneração e mesmo assim não tem o reconhecimento da sociedade”.

Esse tipo de dilema levou Jane e um grupo formado por apoiadoras do setor de Seguros, além de escritoras, advogadas e médicas, a montar a ONG Guerreiros dos Girassois. A entidade oferece mais do que doações. "Oferecemos liberdade e emancipação através da arte, da conversa, da terapia e da literatura. Cada pessoa na rua tem dores assim como nosso feminino é tão machucado, né?”.

Saiba mais

Durante as quartas-feiras do mês de março o projeto "CVG RS Sem Fronteiras" está dialogando com o mercado segurador sobre questões relevantes ligadas ao setor. O próximo encontro será quarta-feira, dia 24 de janeiro, às 19 horas no canal do CVG RS no Youtube.

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