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Especialistas da Icatu falam sobre tendências e perspectivas da carteira de previdência

15.01.2021 - Fonte: Seguro Gaúcho

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A Icatu Seguros realizou a primeira edição do “Conversa com Especialista” no canal da Seguradora no Youtube, no final da manhã de quinta-feira, 15 de janeiro. O encontro virtual teve como propósito abordar as possibilidades de investimento e as perspectivas para 2021. A atividade remota contou com a participação de Bruno Horovitz, RI da Icatu Vanguarda e Fernando Palermo, Portfolio Manager da Icatu Vanguarda. A temática teve a mediação de Talita Raupp, que integra a equipe de Produtos e Previdência da Icatu.

Já no começo do bate papo, a mediadora destacou que Icatu Vanguarda possui quase R$ 30 bilhões sob sua gestão, sendo que R$ 12 bilhões pertencem a carteira de previdência. Ao longo do encontro virtual Horovitz e Palermo explanaram a respeito de como a alocação de ativos deve se comportar para que ocorra o equilíbrio da carteira de previdência da melhor maneira possível de acordo com perfil dos investidores.

Talita perguntou a Fernando Palermo como ele acha que o ano de 2021 será diante de uma perspectiva de normalização do cenário no período pós pandemia e como as principais classes de ativos irão se comportar. O manager de multi-estratégia da Icatu Vanguarda respondeu que no atual momento existe um ambiente externo bastante favorável, se comparado a grave crise do ano passado que impactou a demanda como um todo. “Os bancos centrais realizaram, ao redor do mundo, pacotes monetários amplos com atuações quase que coordenadas. Com a continuidade desses incentivos fiscais expansionistas existe um ambiente de retomada cíclica da economia, o que gera um ambiente positivo, com a provável alta das commodities, que acabam por beneficiar países emergentes como o Brasil”.

A mediadora da live observou que as carteiras de previdência estão cada vez mais posicionadas para o cenário internacional, comprando ativos do exterior e aumentando a diversificação.

Em relação ao cenário brasileiro, que apresenta número elevado de desemprego e o término do auxílio emergencial, Talita questionou como os investidores poderão equacionar a balança dos riscos para obterem os resultados mais satisfatórios. Palermo argumentou que a medida mais salutar ainda é a diversificação dos ativos.

“Tivemos fortes expansões fiscais e monetárias, tanto que o Brasil foi um dos países emergentes que menos sofreu e mais rápido se recuperou diante da crise. E isso acarreta alguns desafios, conseqüências e custos, sendo que o mais claro é a inflação. Com a retomada cíclica é razoável que exista a retirada de estímulos por parte do Banco Central. Em relação a alta de juros é muito importante entendermos o que já está no mercado e na nossa avaliação, acreditamos em um processo mais moderado da alta de juros com um ciclo de normalização que não seja tão forte como está aparecendo no mercado”, observou Palermo.

Já Bruno Horovitz considera que o fator que determinará se o Brasil estará na ponta superior ou inferior de recuperação dos países emergentes, será o tão esperado retorno da agenda de reformas. “Se não ocorrer uma ruptura muito grande, o país tenderá a se beneficiar muito bem, e por conseqüência, bolsa, pré fixado e ativos de risco também serão beneficiados”.

Ao explanar sobre alocações táticas dentro de alocações estruturais, Horovitz ressaltou que diversos estudos demonstram que “a correta definição de sua alocação estrutural responde por 90% dos retornos no longo prazo”.

No final da live, Palermo reforçou a filosofia de investimento da Icatu Vanguarda, explicando o quanto relevante é a alocação estrutural ao longo do tempo para que os investidores não caiam nas armadilhas de market timing:“na nossa avaliação, ativos como renda variável e inflação longa são ativos que você tem que amplificar bastante sua visão de investimento”.

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