>

Insurtechs tem muito mais mercado para crescer do que fintechs

25.02.2021 - Fonte: CQCS

WhatsApp-Image-2021-02-24-at-17.43.48

A afirmação de que existem mais oportunidades de crescimento das insurtechs em relação as fintechs foi de Anderson Thees, da Redpoint Ventures na tarde desta quarta (24), quando o CQCS estreou seu primeiro bate-papo no Clubhouse, com o tema: “CQCS no Clubhouse – Captando investimentos para projetos de seguros e insurtechs”. Com 1 hora de duração, o painel contou com cerca de 45 pessoas, interação dos ouvintes, momento de feedback sobre o programa, e divulgação dos próximos encontros.

A sala recebeu grandes nomes do mercado: Anderson Thees, sócio da Redpoint Ventures, um dos principais fundos de investimento do mundo; Marcelo Blay, CEO Da Minuto Seguros, Rodrigo Barros, Diretor de Estratégia, Marketing e Inovação na Zurich Seguros, e Gustavo Gierun, co-fundador da Distrito, um dos principais ecossistemas de inovação do Brasil, e o fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho.

Doria abriu o bate-papo com Anderson: “ quando olha pra indústria do seguro, o que você vê de coisas que façam sentido, e possam provocar o seu interesse, com seu olhar de investidor?”, questionou. Para Anderson, a Indústria de Seguros tem uma aderência muito grande com o tipo de inovação que existe atualmente, a disponibilidade de poder computacional, junto com acumular dados, e distribuir a informação acima de tudo. “São ingredientes para uma receita mágica para o Mundo de Seguros”, afirmou.

De acordo com o investidor, existem muitos produtos de seguros para serem desenvolvidos, coisas que há dez anos atrás não dava pra fazer, porque a matemática era complicada demais, distribuição era complicada demais, e agora tudo está cada vez mais fácil e mais barato para o cliente final. Em poucas indústrias vamos ver tantas oportunidades no mercado não explorado quanto a gente vê em seguros no Brasil hoje. É uma indústria enorme já no Brasil, mundialmente maior ainda, não vou falar de números, mas é uma indústria maior do que banking”, afirmou Anderson. “A gente fica aí em toda essa coisa de Fintech, Neobank, mas a Indústria de Seguros na verdade é maior globalmente, e ainda está no começo”, acrescentou o investidor.

Em sequência, Marcelo Blay contou um pouco da sua trajetória com a Minuto Seguros, e revelou que, com olhares otimistas em relação ao Brasil na época do lançamento da Minuto Seguros, a procura dos investidores para a empresa foi grande. “Eu pensei: ‘bom, se existe essa demanda, é porque ja tem uma percepção de que o negócio poderia entregar o que eu imaginava que entregaria”’, explicou o CEO. “Contratamos um assessor financeiro, e no total, tínhamos 60 interessados. Naquele momento, trazer o capital ia fazer com o que o meu projeto tivesse uma aceleração. Tivemos uma demanda muito grande. Tinha gente até com cheques maiores. E a conversa com Anderson foi fundamental. Resolvemos pegar o cheque menor, e trazer o investidor que trouxesse muito mais do que capital. Liquidez por liquidez é meio commodity. Você precisa de alguém ao seu lado pra dar mais que capital”, contou.

No ponto de vista de Rodrigo Barros, representando a Zurich, a companhia entende que sozinha, nesse ecossistema, não vai a lugar nenhum. A Zurich é líder no Brasil em garantia estendida e proteção de celulares, mas é uma empresa multicanal, multiproduto e multisegmento. “Temos uma diversificação de ramificações, e elas são complexas. Quando você pega a jornada do cliente, você vai se deparar com diversas dores e oportunidades. Obviamente não vamos fazer nada sozinhos. Vejo muita oportunidade e conexão de ambas as pontas”, ressaltou.

Para Gustavo Gierun, a evolução reguladora que no mercado de seguros, certamente vai impulsionar cada vez mais o surgimento de novas tecnologias, de novas startups. Ele também fez uma comparação com o mercado de fintechs, e o mercado de insurtechs. “Claramente o mercado de fintechs andou muito mais rápido no Brasil. Apesar de cada um ter sua peculiaridade, mais com desafios de tamanhos parecidos. Essa evolução regulatória que a gente tem visto no Mercado de Seguros, certamente vai impulsionar o surgimento de novas tecnologias, de novas startups”, destacou.

Além disso, Gierun revelou que um ponto muito importante no desenvolvimento deste ecossistema específico é o envolvimento das grandes empresas. Para o cofundador do Distrito, as grandes empresas acabam incentivando o crescimento de novas startups quando elas buscam suas próprias inovações.

Notícias Relacionadas