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Interesse por seguro cibernético é crescente

09.11.2020 - Fonte: Valor Econômico

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Profissionais em home office e seus empregadores estão recorrendo às seguradoras em busca de proteção.

Em suplemente sobre home office, o Valor Econômico destaca que profissionais e seus empregadores estão recorrendo às seguradoras em busca de proteção contra roubos, incêndios, danos elétricos e para ter serviços de help desk e manutenção. Seguros residenciais, de equipamentos eletrônicos e de riscos cibernéticos estão em alta.

A oferta de assistência técnica para as mais diferentes necessidades da casa é o fator que mais atrai o interesse de quem procura um seguro residencial”, diz Jarbas Medeiros, presidente da comissão de riscos patrimoniais massificados da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg).

Marcelo Blay, CEO da corretora online Minuto Seguros, diz que o consumidor começa a perceber a relação custo-benefício positiva no seguro residencial. Uma cobertura contratada de R$ 300 mil de uma casa em São Paulo sai por R$ 500 ao ano, e de um apartamento, por R$ 270 anuais. “Não são necessárias muitas visitas de um eletricista ou encanador para perceber a vantagem de contratar o seguro”, diz Blay. Entre janeiro e julho a receita das seguradoras com o seguro residencial somou R$ 1,82 bilhão, uma queda de 1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para Jarbas Medeiros, é um bom desempenho se comparado ao mercado geral de seguros, que recuou 3% no mesmo período e também em relação ao PIB do país, que teve queda de 5,9% no semestre. A contratação de seguro residencial recuou 17% em abril e 19% em maio diante das incertezas na economia, mas a demanda voltou a crescer em junho e julho, com altas de 21% e 20%, respectivamente, sempre em relação aos meses anteriores.

Para Medeiros, o aumento na demanda é consequência de uma percepção por parte dos consumidores de que o home office não foi apenas uma medida emergencial, mas é uma tendência. “As pessoas estão mais tempo em casa e querem uma solução ágil e confiável. É o que a assistência das seguradoras oferece”, diz.

Na Porto Seguro, empresa em que Medeiros é diretor, a contratação de seguro residencial cresceu 2% entre janeiro e julho. Uma cobertura específica tem despertado o interesse dos clientes, a “negócios em casa”, voltada para a proteção contra roubo, danos e oferta de assistência técnica para equipamentos profissionais utilizados dentro de casa, como instrumentos médicos, equipamentos para salão de beleza, educação on-line, estúdios fotográficos e até mesmo comércio. “A demanda por essa cobertura é a que mais cresce e puxa as vendas de seguro residencial.” Em muitos casos, os equipamentos utilizados em home office são de propriedade das empresas, que os cedem aos seus funcionários.

A HDI Seguros lançou em agosto uma cobertura adicional de seguro empresarial para atender essa situação, a “escritório em casa de funcionário”, que cobre danos em computadores, laptops, tablets, impressoras, roteadores, modens e mobílias de escritório no endereço do colaborador.

Temos 70 mil clientes em seguro empresarial e nossa expectativa é que ao menos 15% optem pela contratação da nova cobertura”, diz Jefferson Silvestrin, superintendente de produtos massificados da HDI. O trabalho em home office também gera preocupação com ataques cibernéticos.

De acordo com a Kaspersky, desde o início da pandemia o Brasil se tornou o líder mundial em registros de ataques por ransomware, que trava o computador da vítima até o pagamento de um resgate. Entre janeiro e julho a arrecadação de seguros cibernéticos cresceu 72% em relação ao mesmo período de 2019, alcançando R$ 20,8 milhões. O sinistro foi de R$ 267 mil nos sete primeiros meses de 2019 para R$ 13 milhões no mesmo período de 2020, segundo a Fenseg.


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