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Josias: sua atividade profissional, seu escritório, suas ideias

05.04.2021 - Fonte: Seguro Gaúcho

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Carlos Josias Menna de Oliveira está completando 50 anos de atividade no mercado segurador em 2021. Com tantos anos de trabalho, ele conheceu muitas pessoas, fez amizades e segue transitando por diversas esferas que compõem o setor de seguros. Os 13 anos iniciais de sua carreira foram dedicados ao trabalho em companhias seguradoras e corretoras.

Esse período contribuiu de forma significativa para que ele atuasse como advogado no segmento securitário, após graduar-se em Direito. Ao longo de 37 anos de advocacia ele construiu uma sólida carreira. Confira abaixo histórias, vivências e experiências de Josias em cinco décadas de atuação no segmento.

Como advogado, quase toda sua trajetória está vinculada ao direito securitário, mas ele também transitou pelo direito penal e obteve êxito ao atuar em um dos crimes de maior repercussão da década de 80 no Rio Grande do Sul: o Caso Alex Thomas. “Eu e o colega Luiz Goulart Filho defendemos o único acusado que foi absolvido no crime relacionado à Gangue da Matriz”, relembra.

Ele também trabalhou em outro caso de grande destaque na opinião pública. Josias foi um dos defensores dos integrantes do MST que foram acusados da morte de um policial militar ocorrida durante confronto entre os “Sem Terra” e a Brigada Militar em 1990, no centro de Porto Alegre: “esse julgamento foi muito impactante e eu atuei ao lado de Eloar Guazelli e seu filho Carlos Frederico Guazzeli, Luiz Goulart Filho e Ricardo Cunha Martins, que é um dos maiores criminalistas da atualidade. Foi um júri que me proporcionou muita experiência”.

Embora a esfera penal tenha sido muito promissora, o direito securitário sempre esteve no DNA de Josias, que seguiu sua carreira no setor. Com o crescimento vertiginoso de seu escritório ele teve o primeiro sócio, Victor Kundzin Júnior, que foi quem apresentou a ele o advogado Juliano Ferrer. Na época, final da década de 90, Juliano era colaborador do escritório. As afinidades profissionais e pessoas fizeram com que Juliano se tornasse grande amigo de Josias: “a empatia entre nós foi imediata. Além da admiração pelo trabalho dele, considero-o meu irmão e confidente. Hoje ele é meu sócio”.

Embora Juliano Ferrer já atuasse no Direito Securitário, Josias apresentou com abrangência o mercado segurador ao jovem advogado. A parceria entre ambos mostrou-se exitosa e já no início do século XXI o escritório prestava atendimento jurídico a quase todas as Seguradoras. “O fluxo de demandas foi aumentando cada vez mais, nosso escritório começou a bombar. Mais de uma vez tivemos que trocar de endereço pela necessidade de maior espaço devido ao crescimento. Atualmente temos também colaboradores que trabalham para nós nos mais diversos locais do Brasil”.

O C.Josias & Ferrer Advogados Associados investe permanentemente em qualificação, tendo aderido ao Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). O escritório conta o apoio de uma empresa de assessoria e consultoria que o auxilia tanto em nível de gestão, como em âmbito operacional: “nas operações organizacionais que realizamos sempre contamos com o aval dessa empresa. Constantemente trocamos ideias com essa assessoria”. O escritório também conta com o auxílio de uma assessoria de comunicação. “Estamos sempre buscando a qualificação, pois queremos crescer ainda mais e vamos conseguir. E o grande legado dessa nossa filosofia é que nos reinventamos. E melhor exemplo foi na pandemia, em que conseguimos rapidamente equacionar o fluxo de trabalho e o escritório funcionou, em home office, melhor do que antes”.

Reinvenção, uma palavra que pode ser associada a transformação e adaptação, mas que segundo Josias, combina muito bem com a história do setor de seguros no Brasil. Para o advogado, o grande segredo pelo qual o segmento é tão forte no país, está relacionado a sua capacidade de se reinventar. “O setor atravessou o período de 21 anos de governo militar no Brasil, em plena vigência do Decreto-Lei 7366. Na década de 70 o ramo de seguros vivenciou a quebra dos Montepios e diversas liquidações judiciais de Companhias Seguradoras, que atravessaram a década de 80. O segmento atravessou um período inflacionário surreal e trocas de governos que tinham políticas ideológicas distintas, mas foi se reinventando, sobrevivendo e saiu fortalecido quando houve o surgimento do Código de Defesa do Consumidor”.

Na avaliação de Josias o mercado segurador apresenta boas entidades culturais. No Rio Grande do Sul ele enaltece o Clube de Seguros de Vida e Benefícios (CVG RS). Ao lado do atual vice-presidente do CVG-RS, Clodomiro Dorneles, Josias escreveu um livro sobre a história da entidade: “eu e o Clodomiro remontamos toda a trajetória do CVG RS, desde a primeira reunião que ocorreu antes da fundação do clube. A história da entidade é linda”. Em nível nacional o advogado destaca a Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e a Associação Internacional de Direito do Seguro (AIDA): “sou acadêmico da ANSP e como padrinho levei para a entidade o Juliano Ferrer e a Suellen Farias. Na AIDA o Juliano Ferrer é o atual vice-presidente e os outros sócios de nosso escritório também integram essa entidade”.

Especificamente sobre a ANSP, o advogado acha que precisa ser mais intensa a participação dos membros que representam o Rio Grande do Sul na entidade. “Com uma participação tímida dos integrantes de nosso Estado, o setor gaúcho do seguro acaba deixando de se fortalecer em nível nacional. Antes da pandemia eu sempre comparecia aos encontros da ANSP e agora continuo ativo, participando de todas as atividades on line”, afirma Josias, embasado na experiência adquirida durante cinco décadas de atuação no mercado segurador.

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