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Live do CVG RS destaca 50 anos de carreira de Josias

16.12.2021 - Fonte: Seguro Gaúcho

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Carlos Josias Menna de Oliveira completou recentemente 50 anos de atividade profissional dedicados ao setor de seguros e recebeu homenagens pela longínqua e exitosa carreira. Os sócios e colaboradores de seu escritório, C.Josias & Ferrer Advogados Associados, promoveram uma festa para celebrar e comemorar com ele. E a última live do CVG RS em 2021 abordou a trajetória do advogado que construiu uma das mais sólidas carreiras do direito securitário no Rio Grande do Sul. A presidente e o vice-presidente da Entidade, respectivamente, Andréia Araújo e Clodomiro Dornelles, realizaram um descontraído bate-papo virtual com ele sobre sua jornada profissional no segmento.

Josias iniciou a entrevista informando que antes de atuar como advogado ele havia trabalhado por mais de uma década em companhias seguradoras e corretoras de seguros. Seu primeiro emprego, aos 15 anos, foi em 1971 na então Assicurazioni Generali de Trieste e Venezia, o antigo nome da atual Generali do Brasil. O entrevistado disse que também atuou na Volkswagen Corretora de Seguros (VVD), na Nazaré Porto Isa Corretora de Seguros, retornando a Generali para ser gerente de sinistros. “Foi nesse período que conheci pessoas maravilhosas que ajudaram no meu desenvolvimento. Conheci pessoas maravilhosas e fiz grandes amizades, como Cláudio Fernando da Silva e seu irmão Luiz Carlos Pigatto da Silva, o Caburé, Gelson Corbelini, Julio Cesar Rosa, entre outros”, afirmou.

Josias ressaltou que sua trajetória no mercado segurador, antes de ele graduar-se em Direito no ano de 1982, foi o legado para a nova carreira. “Comecei a atuar no direito securitário em 1983 e quem me incentivou e ajudou muito foi meu grande amigo Júlio Cesar Rosa. A proximidade que eu tinha com os gerentes das seguradoras possibilitou que eu advogasse para diversas Companhias”.

Ao fazer um resgate histórico de sua trajetória, Josias recordou de fatos e momentos que contribuíram de forma decisiva para seu crescimento profissional, como sua permanência na cidade de São Paulo durante 40 dias. Na ocasião o advogado obteve um aprendizado que resultou em mudanças significativas na sua concepção de trabalho ao conviver diariamente com a então gerente geral da Sul América, Theresinha de Jesus Correia. “Considero-a um ícone do direito securitário. Ela é o maior exemplo da boa prática da advocacia. Uma professora na essência e de grande capacidade jurídica. Com ela aprendi como funcionava o departamento jurídico de uma seguradora, bem como as manhas e os segredos do mercado”, salientou Josias.

O progresso contínuo em sua profissão foi fruto de esforço e dedicação, mas também de sua capacidade em espelhar-se nos melhores advogados do segmento: “O Geraldo Nogueira da Gama serviu de modelo de atuação profissional. Examinei suas petições e percebi que elas eram extremamente limpas, pois ele não era belicoso. E nesse quesito eu comecei a imitá-lo ”. O tempo passou, Josias alçou novos vôos e tornou-se um advogado renomado no setor.

Outro momento marcante em sua jornada aconteceu em 1994 quando ele atuou ao lado da professora Jane Manssur, e de uma comitiva de executivos para organizar e promover o primeiro Congresso de Direito Securitário no Brasil: “na época, o ramo de seguros tinha uma imagem arranhada frente ao judiciário, pois os agentes que atuavam no mercado segurador eram mal vistos porque o seguro não atraía simpatia do judiciário”. Para mostrar a seriedade e a lisura do mercado segurador, o evento reuniu companhias, corretores e a Magistratura: “o congresso foi um sucesso, tanto que o setor de seguros do Brasil inteiro compareceu e a iniciativa foi copiada em todo o país. O legado do evento foi que o judiciário modificou em muito sua visão em relação ao nosso segmento e passamos a ser respeitados. Nossa reputação melhorou bastante”.

Andréia Araújo perguntou ao entrevistado sobre o que representou para ele receber de uma entidade internacional uma medalha de ouro que tem significado de profunda emoção. Josias disse que a premiação foi concedida em 1997 pela The World Sherit Hapleita, sediada em Jerusalém. Ele explicou que a entidade mundial dos sobreviventes da 2ª Guerra Mundial reconheceu os serviços prestados por ele, na área jurídica, à causa das vítimas do Holocausto.

Sua função foi a de advogar para o Movimento Popular Anti-Racista, naquele que Josias considera o processo mais importante da sua vida, embora não tenha relação com o direito securitário. Tudo começou quando no ano de 1989 um cidadão gaúcho escreveu e divulgou em Capão da Canoa publicações com o objetivo de negar o holocausto judaico na 2ª Guerra Mundial. “As publicações continham conteúdos de incitação ao ódio e ao preconceito, desprezíveis do ponto de vista humanitário, além de afirmar que o holocausto era uma invenção do povo judaico e da humanidade”.

As ações jurídicas chegaram ao STF e STJ em Brasília e o desfecho foi positivo. “Conseguimos a condenação e a expulsão do autor desses livros. Essa experiência me ensinou muito e me fez crescer significativamente como ser humano. Considero a medalha uma homenagem profundamente tocante”, salientou de forma emocionada o entrevistado.


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