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Recordações: Josias relembra fatos que marcaram sua trajetória de cinco décadas no Mercado Segurador

20.07.2021 - Fonte: Seguro Gaúcho

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Carlos Josias Menna de Oliveira está completando 50 anos de atividade profissional em 2021, numa carreira que foi dedicada ao setor de seguros. Seus primeiros anos de trabalho em seguradoras e corretoras deixaram um legado extraordinário que Josias soube aproveitar com muito estudo, dedicação e habilidade ímpar. Sua carreira começou no ano de 1971 no segmento e a partir de 1983 ele passou a atuar como advogado especialista em direito securitário. Em sua longínqua trajetória somam-se aprendizados, vivências, amizades e recordações. Algumas lembranças foram mais intensas e significativas porque marcaram sua vida, tanto em âmbito pessoal, como profissional.

Em 1993 Josias exercia a profissão há uma década e já começa a sedimentar sua carreira e colher os frutos de seu trabalho. Ele havia se tornado um advogado conhecido no direito securitário nacionalmente. “Eu vivia um período magnífico de minha vida profissional, pois estava em pleno crescimento. Posso dizer que 1993 foi um ano de luxo para mim. Tudo estava acontecendo como eu imaginava. Profissionalmente eu era conhecido no segmento e constantemente procurado. Em comparação ao começo de minha atividade, eu estava no auge”, salienta.

E seu êxito profissional era refletido em outras esferas da vida. A alteração mais significativa foi troca de endereço residencial. Josias e sua família, na época constituída por ele, sua esposa na ocasião e três filhos, mudaram-se de um apartamento para uma bela e ampla casa, no bairro Ipanema. “Comecei a construção daquilo que a militância na advocacia estava me proporcionando. Eu recebia bons honorários e estava armazenando o resultado material do meu trabalho. Estava no alvorecer da vida como homem, pai e advogado”, observa.

Só que os bons e constantes ventos que sopravam a favor, mudaram de direção e ele atravessou o período mais difícil de toda sua trajetória. A mudança abrupta ocorreu em fevereiro de 1994 devido a um acidente de carro no bairro Teresópolis, em que o advogado sofreu algumas lesões, sem grandes conseqüências, mas que deixou sua esposa em estado grave por 15 dias: “ela estava na direção, numa época que não era hábito, muito menos obrigação, usar o cinto de segurança, e ela teve perfuração no fígado o que implicava risco de vida. Felizmente tive o grande apoio da tia Tetê, que cuidou muito bem dos meus três filhos na época. Recordo que o João tinha um ano de vida. E eu literalmente virei um zumbi, pois além de minha rotina diária que incluía levar as filhas na escola e realizar minha atividade profissional, ainda permanecia no hospital do final da tarde até a meia noite, acompanhando o quadro clínico de minha esposa”.

Nesse momento em que sua esposa permanecia internada, Josias viu-se diante de um dilema, pois além de administrar os afazeres domésticos que incluíam cuidar dos filhos e levá-los pra escola, ele também precisava dar prosseguimento ao seu trabalho de advogado. E tudo isso sem carro, pois o único veículo da família sofrera perda total no acidente. “Na época meu escritório não tinha outros sócios e eu não contava com a ampla estrutura que disponho hoje. Portanto, tive que fazer tudo sozinho. Mas em nível profissional o que mais me preocupava é que o mercado não poderia saber da minha situação, pois caso isso acontecesse meus processos poderiam migrar para outro profissional”, assegura.

E foi nesse período de angustias e incertezas, que Josias contou com o apoio de um grande amigo, Jack Suslik Pogorelski, e de uma grande Seguradora, a Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais. “Recebi um telefone dele dizendo que a Porto Seguro me disponibilizaria um veículo novo. E que eu pagaria por esse bem material, da maneira que ficasse mais conveniente para mim. Como eu advogava há pelo menos 10 anos para essa Companhia, pude pagar pelo carro, descontando dos honorários que eu recebi posteriormente”, explica.

Justamente no período em que Josias atravessava sua melhor fase profissional, ele sofreu um terrível acidente que poderia ter comprometido a continuidade de sua carreira de advogado: “sou extremamente grato ao Jack e a Porto Seguro que tiveram comigo um gesto de muita grandeza, me apoiando no momento mais difícil e crucial da minha vida. Foi uma conduta exemplar”. Ao longo dos anos Josias presenciou significativas demonstrações de humanismo da mesma Seguradora. “Lembro de uma ocasião em que a Porto Seguro manteve uma funcionária em sua residência, equipando o local com aparelhos hospitalares de valores elevados para atender ao seu filho que nascera com graves problemas de saúde.”

Josias está convicto que ao suplantar o episódio relativo ao traumático acidente, ele conseguiu seguir na profissão devido ao apoio que teve: “a história que construí no direito securitário e que me possibilita ser feliz com o que conquistei, poderia não ter continuado se não fosse o gesto de extrema empatia do meu amigo Jack e da empresa referida. Também tenho gratidão ao mercado segurador por tudo que ele proporcionou em minha vida”, enfatiza o advogado.

Com a experiência acumulada ao longo de décadas no ramo, Josias considera que o mercado segurador quase não faz publicidade de suas realizações e que a sociedade não concede a devida importância que o setor possui. Como exemplo, o advogado relembra de uma palestra da ANSP, em que foi abordado do caso da tragédia de Brumadinho. “Foi relatado por um ressegurador que uma atuária de uma Seguradora foi realizar a taxação do risco da Barragem de Brumadinho. E essa profissional apresentou uma lista de ações e condutas que necessitavam ser efetuadas para evitar o agravamento do risco e a possibilidade de acontecer o rompimento da barragem. A atuária ainda explicou que sem as alterações por ela apresentadas, não seria possível fazer a taxação já que o risco não seria aceitável”, disse Josias. Entretanto, as correções não foram feitas e aconteceu um dos maiores desastres ambientais do Brasil: “esse relatório está nos anais da ANSP e o triste fato demonstra com precisão a importância social do seguro”.

Para o advogado o seguro está presente e é relevante desde o inicio até o eventual pagamento do sinistro: “a importância deste setor não se limita ao PIB e sua relevância social vai muito além do que se pregamos e do que a população imagina”.

Memórias, lembranças e lições de um profissional que por 50 anos segue vivendo o dia a dia do mercado segurador. Com certeza, Josias tem muitas histórias para contar.

 

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