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Seguradoras sentem o peso das mudanças climáticas com recorde de sinistros

08.01.2021 - Fonte: Exame

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Desastres naturais causados pelo aquecimento global geraram prejuízos bilionários e o deslocamento de milhões de pessoas em 2020.

A covid continua a provocar graves dificuldades econômicas, mas desastres naturais causados pelo aquecimento do planeta também tiveram impacto neste ano com prejuízos recordes e deslocamento de milhões de pessoas, segundo duas novas avaliações sobre indenizações de seguro em 2020.

A Christian Aid, braço de ajuda de 41 igrejas no Reino Unido e Irlanda, classificou os 15 desastres climáticos mais destrutivos do ano com base em perdas de seguro. O ciclone Amphan, que atingiu a Baía de Bengala em maio, foi o evento mais caro, deslocando 4,9 milhões de pessoas ao custo de 13 bilhões de dólares. Cada um dos dez maiores desastres causou pelo menos 1,5 bilhão de dólares em danos e cinco custaram 5 bilhões de dólares ou mais.

Como o preço para as seguradoras era mais alto nos países ricos, segundo observou a Christian Aid, o relatório provavelmente subestima a devastação para países mais pobres. “O Sudão do Sul, por exemplo, teve uma das piores enchentes já registradas, que matou 138 pessoas e destruiu as safras do ano”, disse o relatório.

Com valores de propriedade relativamente altos, os Estados Unidos lideraram a lista de países financeiramente impactados pela mudança climática, com 60 bilhões de dólares em danos. Muito disso foi causado por uma temporada atípica de furacões no Atlântico. Ao todo, as 30 tempestades identificadas causaram pelo menos 41 bilhões de dólares em danos e deslocaram cerca de 200.000 pessoas nos Estados Unidos, bem como na América Central e no Caribe.

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