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Sincor Digital reúne ícones do mercado e executivos das maiores seguradoras

26.10.2020 - Fonte: Seguro Gaúcho

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Foi realizado o Sincor Digital, dia 23 de outubro, em uma plataforma de streaming exclusiva. “Conectando o Mercado de Seguros” foi o tema do evento que reuniu especialistas do segmento para debater as temáticas mais atuais do setor.

O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, fez a abertura da atividade virtual que também teve a explanação da secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patricia Hellen, que substituiu o Governador João Doria. A atividade, organizada pelo Sincor SP, teve a apresentação da jornalista Carla Bigatto.

“Masterclass – É possível” foi o tema do primeiro painel do dia, que reuniu três grandes expoentes do setor: Jayme Garfinkel, da Porto Seguro; Nilton Molina, da MAG Seguros, e Patrick Larragoiti, da SulAmérica. O primeiro vice-presidente do Sincor-SP, Boris Ber, foi o mediador desse encontro.

Os convidados relembraram momentos de grandes dificuldades que foram transformadores em suas trajetórias no mercado segurador. Boris Ber questionou aos palestrantes sobre qual é a visão deles a respeito da retomada econômica para o período de pós-pandemia.

Jaime Garfinkel está otimista quanto ao futuro e considera que com a pandemia, as pessoas perceberam a importância do seguro. “Projeto o futuro com otimismo, pois nosso segmento foi um dos menos atingidos pela crise. Creio que a atual conjuntura está fazendo a sociedade civil promover um movimento de solidariedade e filantropia nunca visto antes. Temos agora uma grande oportunidade através da educação digital remota, de ter apoios digitais para equalizar a diferença de qualidade de ensino entre as classes das escolas públicas e das instituições privadas”, destacou.

Na avaliação de Nilton Molina o Brasil possui fatores extremamente positivos, como o grande potencial para ser um dos líderes na produção de energia limpa, além de ser um dos maiores mercados de consumo do planeta. Entretanto, ele considera que a nação tem carências na área educacional. “Ainda existe um clima de incertezas sobre o emprego e a economia. Os corretores descobriram que era possível fazer uma venda que eu chamo de presencial-remota. Os reflexos da pandemia aproximaram o consumidor do nosso negócio, pois o setor de seguros vende tranqüilidade. Eu acredito muito no Brasil e em nosso segmento, mesmo com os problemas educacionais existentes e com alguns efeitos perversos da pandemia”.

Já o executivo da SulAmérica ressaltou a rapidez e a eficiência com que ocorreu a transformação digital diante da quarentena imposta pelo Convid-19. “Através de um aparelho celular 65 milhões de brasileiros necessitados puderam se cadastrar para beneficiarem-se do auxílio emergencial. Outro aspecto importantíssimo foi a telemedicina, que apresentou um grande avanço. Em poucas semanas milhares de atendimentos foram realizados”, disse Larragoiti.

O segundo painel que debateu os impactos das tecnologias no mercado de seguros. A atividade teve a participação dos executivos José Adalberto Ferrara, da Tokio Marine Seguradora; Murilo Riedel, da HDI Seguros; e Roberto Santos, da Porto Seguro. A mediação foi realizada pela 2ª vice-presidente do Sincor-SP, Simone Fávaro.

Consideradas as principais empresas de tecnologia, as Big Techs criam serviços inovadores e disruptivos, utilizando um modelo de negócios mais dinâmico e ágil através de ferramentas tecnológicas. Google e Amazon, que são alguns dos exemplos mais famosos, demostraram interesse em seguros e acabaram gerarando especulações sobre suas intenções para esse mercado no futuro.

Murilo Riedel não enxerga as Big Techs como concorrentes, mas sim como empresas complementares e necessárias no processo de aprendizagem da distribuição de seguros. “Essas empresas têm investido bem mais no processo de anúncios do que propriamente distribuir produtos. E a principal fonte geradora de lucros para elas não tem sido o fechamento do negócio, mas sim constituir uma plataforma geradora de anúncios. As Big Techs constituem-se em ótimas ferramentas de marketing e são plataformas que levarão os negócios para o ambiente do corretor. Nós temos que entender esse fluxo”, explicou o executivo da HDI.

O presidente da Porto Seguro não vê o mercado atrativo para as Big Techs, tanto na condição de segurador como na distribuição. No balanço de uma empresa dessas não existem reservas técnicas, nem capital mínimo, apenas criação e sistema. “Em nenhum tipo de atividade dessas empresas elas tomam risco, algo que é básico para qualquer organização que deseja atuar no nosso segmento. A ameaça é que, se a gente não ocupar todos os espaços, eles entram e reduzem o escopo dos nossos negócios em algumas pequenas parcelas da atividade que fazemos.”

A entrada das Big Techs no setor não parece trazer grande preocupação para o presidente da Tokio Marine Seguradora, que prefere ressaltar o papel das Companhias na operação de seguros. “A nossa especialização e o nosso compromisso é fazer produtos, a boa regulação de sinistros e prestar um bom atendimento ao cliente. E corretor, a quem cabe a distribuição, sempre terá a função de consultor aos seus segurados. Felizmente para nós, o produto seguro não é uma commodity para ser distribuído através de um clique de mouse”.

O executivo ainda salientou que o corretor de seguros tem a missão de empreender para contribuir com o crescimento do mercado e que a pandemia possibilitou que a categoria aumente a capilaridade da sua carteira.

Também participaram desse painel Carlos Magnarelli, da Liberty Seguros; Eduard Folch, da Allianz; Luís Gutiérrez Mateo, da MAPFRE.

"Direto e Reto" foi o último painel do dia e reuniu parlamentares e lideranças do segmento que debateram sobre as mudanças atuais da legislação e os processos operacionais do setor que afetam diretamente a corretagem de seguros.

O encontro, que reforçou a representação política para desenvolvimento do setor de seguros, contou com a presença do deputado federal Lucas Vergílio (SD-GO); do presidente da CNseg, Márcio Coriolano; do presidente da Fenacor, Armando Vergílio; e do executivo da Porto Seguro e presidente do SindsegSP, Rivaldo Leite. Coube ao presidente do Sincor SP, Alexandre Camillo, fazer a mediação.

Leite argumentou que o corretor de seguros está sendo o agente catalisador para o crescimento do setor durante a pandemia. “Esses profissionais que são verdadeiros consultores comprovaram sua importância durante esse momento tão difícil. Sem eles nós seguradores não seriamos capazes de executar o nosso trabalho”, disse o executivo da Porto Seguro.

Ao falar sobre medidas tomadas pela Susep, que são consideradas por muitos contrárias aos corretores de seguros, Lucas Vergílio disse que tal conduta pode estar acontecendo porque a entidade é comandada por pessoas que não conhecem o mercado. “O nosso segmento gera renda para milhares de famílias brasileiras. A Resolução 382 divulgada pela Superintendência quer fazer com que os corretores mostrem o valor de suas comissões. O que essa medida traria de positivo? Isso só servirá para gerar mais concorrência entre a categoria”, pontuou o deputado federal.

O presidente da Fenacor fez observações sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e da ferramenta recém lançada pela Fenacor em parceria com os Sincors. Ele ainda informou que o Congresso Brasileiro de 2021 será realizado em São Paulo, no mês de outubro. “Vamos estar presentes, juntamente com os nossos parceiros, como o Sincor-SP, para realizar um grande evento destinado aos corretores de seguros de todo o país.”

Sobre inovação, o presidente da CNseg, Márcio Coriolano, reforçou a resiliência do setor em se reinventar. “A inovação não é uma disrupção, mas sim uma evolução de criatividade e de modificação de rotinas. Para uma ideia ser inovadora, ela não necessariamente precisa ser tecnológica. Apesar de termos evoluído bastante, é preciso que todos entendam que não podemos desacelerar esse passo”.

O painel “Direto e Reto” também contou com a participação do deputado federal, Marco Bertaioli (PSD-SP), e do chefe de Assessoria de Estudos e Relações Institucionais da Susep, Paulo Miller. 

 

Crédito fotos: Comunicação Sincor SP.

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