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Superintendente da Susep fala sobre as perspectivas para o setor de seguros em 2024 no 1º Insurance Mega Trends

28.02.2024 - Fonte: Seguro Gaúcho

SEGURO-GAUCHO (27)

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) realizou o 1º Insurance Mega Trends, segunda-feira, 26 de fevereiro, no formato on-line. A atividade reuniu personalidades do setor de seguros e do meio acadêmico, que abordaram as principais tendências para o mercado de seguros em 2024. Inovação, direito, ASG, resseguro, transformação digital, finanças, open insurance, gestão de riscos, distribuição e novos produtos estiveram entre os temas do evento on-line.

Na abertura oficial do 1º Insurance Mega Trends, a diretora de ensino da ENS, Maria Helena Monteiro, demonstrou sua satisfação pelo grande número de participantes inscritos e enalteceu a importância da atividade. “Teremos um evento composto por grandes especialistas que falarão sobre as principais tendências para o mercado segurador em 2024 e também nos próximos anos”, disse Maria Helena.

Coube ao Superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, fazer a explanação inicial. O executivo destacou quatro tendências que constam no Plano de Regulação da Susep voltadas para o período 2023/2024, que integram as preocupações normativas da autarquia. Octaviani fez questão de ressaltar que todas as normatizações da Susep são realizadas com muito diálogo e ampla abertura, dialogando com todos os interessados.

O superintendente da autarquia disse que é preciso existir uma política de transição ecológica que seja muito consistente e o mercado de seguros tem como ser um propulsor da melhor política de transformação ecológica, tanto em nível das garantias que serão ofertadas como nos desenhos de melhor comportamento econômico que o setor incentivará: “nosso setor pode tornar-se um contribuinte bastante significativo para um novo patamar civilizatório com o qual as instituições econômicas, empresas, governo e consumidores tratam o meio ambiente”.

Octaviani informou que a Susep lançará um grupo de trabalho chamado de Política Nacional de Acesso ao Seguro, que tem como propósito identificar os potenciais de crescimento do setor de seguros brasileiro, para abrir novos mercados. A iniciativa visa atuar em prol da expansão da base de negócios, instituindo um círculo virtuoso para todos. Em sua avaliação, o Brasil tem condições de ser um mercado significativamente maior do que é atualmente. “Possuímos uma frota segurada de automóvel que pode ser bem superior ao que é hoje. Do ponto de vista dos seguros agrícola e rural, certamente a área segurada poderá ser bem mais ampla. São poucas as economias do mundo que apresentam o potencial de crescimento brasileiro. Temos condições de destravar a demanda e ao mesmo tempo aumentar as condições de oferta”, observou o executivo.

Octaviani também explanou a respeito de Política Nacional de Resseguro, fazendo comentários ao programa de dispersão do risco. Na avaliação do executivo o mercado de resseguro deve ser revisitado para verificar a adequação de suas normas ao atual quadro normativo: "o interesse nacional no resseguro tem uma dupla função para todas as reservas. Uma de oferta da garantia e amenização do risco e outra com relação à composição de poupança nacional no longo prazo".

Na conclusão de sua fala, o Superintendente da Susep comentou que as relações existentes no mercado segurador estão cada vez mais digitalizadas: “toda a experiência daquele que contrata no setor de seguros de uma ponta a outra é cada vez mais digitalizada e isso também está sendo aplicado para as trocas dos ativos dos grandes atores econômicos desse mercado”. Diante dessa realidade, Octaviani comentou sobre a tendência relacionada à criação de uma política de cibersegurança e mercados jurisdicionados. Para o executivo, a digitalização das relações contratuais do mercado de seguros oferta muitas possibilidades, mas também grandes riscos: “esses riscos devem ser tratados por meio de uma robusta política de cibersegurança”.

O evento promoveu painéis simultâneos que debateram diversas temáticas. Os debates foram conduzidos por especialistas como Angélica Carlini, Carlos Heitor Campani, Emir Zanatto, Heverton Peixoto, Manuel Matos, Rodrigo Ventura, Isaac Olubitan, do Chartered Insurance Institute, de Londres; Laurissa Berk, da University of Connecticut, dos EUA; e Margarida Lima Rego e Vítor Boaventura, ambos da Universidade Nova de Lisboa, de Portugal. Também marcaram presença docentes e coordenadores acadêmicos da ENS, como Renato Gonçalves, Edval Tavares, Gustavo León, Sergio Hoeflich, Luiz Macoto, Bárbara Bassani e Mauricio Leite.

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